Adoro fotografar a tardinha - noitinha, é meu horário favorito, aquele momento em que o sol desmaia, entre o fim de tarde e o começo da noite ou também na alvorada, ao nascer do dia.
É o famoso Crepúsculo (sem vampiros do cinema), do latim crepuscŭlum.
Na minha terra, lá no Rio Grande do Sul chamamos apenas de Lusco-fusco.
São os 50 tons de azul, ciano, magenta, lilás e rosa pink, que acontecem na sequência do amarelo, laranja e dourado da Golden Hour. Para inglês ver, me refiro à Blue Hour.
Deu para entender, é aquele horário em que o céu fica azul, antes do preto da noite.
É interessante observar que esse tal Lusco-fusco é diferente em cada estação do ano.
No verão intensidade carregado de nuvens, no inverno frio e límpido, na primavera cheio de nuvenzinhas repicadas e no outono todas as variações acontecem.
Então vou fotografar, minha missão é capturar a luminosidade.
Espero o momento exato, preparo o cenário, configuro a câmera, sei que tudo acontece muito rápido, em 15 ou 20 minutos a luz vai embora, vira um breu e acabou a sessão.
Depois das fotos chego em casa e vou direto para a edição, quero ver o brilho, luz e cor das imagens, nuances do céu, fachada iluminada, janelas azuladas, é quase uma pintura.
Pronto, trabalho feito na hora da luz, está revelado o Lusco-fusco.
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